Importância dos censos
Conhecer a evolução da população e a sua constituição é bastante importante, tanto para compreender o passado como para planear melhor o futuro. Por isso, realizam-se recenseamentos (ou censos) que consistem na recolha de dados sobre a população (sexo, idade, naturalidade, profissão, lugar de residência, grau de instrução, etc…).
Com estas informações os governantes conseguem fazer uma melhor gestão dos recursos que servem a população. Por exemplo, é possível saber onde existe maior necessidade de construir escolas, centros para idosos, novos hospitais, etc…
A natalidade e a mortalidade
Os fatores mais importantes que influenciam a evolução da população são:
a natalidade: número de nascimentos vivos ocorridos durante um ano
a mortalidade: número de óbitos (mortes) ocorridos durante um ano
Se a natalidade for superior à mortalidade, a população aumenta. Se a natalidade é inferior à mortalidade, a população diminui.
Desta forma, verifica-se o crescimento natural da população:
CRESCIMENTO NATURAL = NATALIDADE – MORTALIDADE
Ao longo do século XX e da primeira década do século XXI verificou-se uma diminuição da mortalidade. Tal deve-se às seguintes razões:
melhoria da alimentação
melhores serviços de saúde e novos medicamentos
melhoria da habitação, do conforto e da higiene
Por sua vez, também se verificou uma diminuição da natalidade. As principais razões para esta diminuição são:
desenvolvimento e divulgação de métodos contracetivos, que permitem decidir o número de filhos que se quer ter
aumento do número de mulheres a trabalhar fora de casa, o que obriga despesas com amas e infantários
No entanto, a natalidade continua a ser superior à mortalidade, o que faz com que se tenha verificado um aumento da população ao longo do século XX, com exceção da década 1960-1970.
Na atualidade, a população absoluta portuguesa, ou seja, o número total de habitantes em Portugal, é de cerca de 10 650 000.
A MOBILIDADE DA POPULAÇÃO
A evolução da população absoluta também é influenciada pela emigração (saída de pessoas para o estrangeiro) e pela imigração (entrada de pessoas para um país).
Quando a emigração é muito intensa, a população pode diminuir. Por sua vez, a imigração contribui para o aumento da população.
Emigração
Os principais destinos foram: primeiro países africanos e americanos, sobretudo o Brasil, e mais tarde França e Alemanha. Na última década, a falta de emprego em Portugal fez com que muitos portugueses emigrassem sobretudo para Angola.
De forma geral, as pessoas emigraram devido a razões de natureza económica:
procura de melhores condições de vida
procura de emprego e melhores salários
No entanto, entre 1961 e 1974, muitos portugueses abandonaram o país por razões de natureza política:
discordância com o regime político (ditadura)
recusa em participar na Guerra Colonial
Ao longo de décadas tem-se verificado uma grande emigração, o que tem tido como consequências:
negativas: envelhecimento da população e diminuição da população ativa
positivas: diminuição do desemprego e receção de remessas dos emigrantes
Imigração
Nas duas últimas décadas tem-se verificado um aumento da imigração, sobretudo do Brasil, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de países da Europa de Leste.
Este aumento deveu-se à mudança de regime após o 25 de Abril de 1974 e à adesão à União Europeia que permitiu um desenvolvimento económico e social que tornou o nosso país atrativo para populações de outros países menos desenvolvidos.